quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Felicidade

 

É estranha a sensação que finalmente pulsa dentro de mim nesse agora feliz.

Estranha, pois pensei que nunca a sentiria.

Estranha, pois a desejei tanto em um outrora cheio de lagrimas que sua imagem ja se encontrava turva.

Estranha, pois sempre a tive tão perto de mim em meus pensamentos e tão distante ao meso tempo.

Estranha, pois a vida finalmente sorri e eu estou tão acostumado com as lagrimas.

Estranha, pois o passar das trevas para luz é sempre algo cheio de sensações indescritíveis, de cores novas, de tons vibrantes.

Estranha, pois já não me vejo sem ela; minha mente não mais consegue criar imagens de sí mesma sem essa criatura que me trousse paz.

Estranha, pois mesmo que ainda não seja totalmente minha, sinto como ela sempre o ouvesse sido.

Estranha, pois sei que o meu futuro ja está escrito ao seu lado e as lutas já não mais serão necessárias.

Estranha, pois agora as batalhas parecem tão distantes, e mesmo assim meu coração parece armado para disputar com todas coisas que se movem ao seu redor.

Estranha, pois tenho medo de acordar de um lindo sonho e me ver outra vez em meio às sombras, em meio às lagrimas, em meio às profundezas.

Estranha, pois tudo o que é perfeito também gera estranheza ao espírito humano;

Perfeita, pois finalmente pulsa dentro de mim aquilo para o qual nasci, essa felicidade que somente ela pode me dar, essa vida que somente agora me está sendo oferecida.

E grato lhe digo que permaneça sempre como uma sensação estranha, para que eu nunca acorde deste lindo sonho, para que a vida possa continuar sorindo, para que pulse ainda mais forte dentro de mim, refletindo a presença dessa criatura que a cada dia lhe torna mais forte.

Essa menina que com sua preseça a fortalece, que com seus sorrizos a alimenta, que com suas palavras lhe dá vida e com seu amor a proteje da morte. Mal sabe ela que não é apenas à essa felicidade que ela mantem e protege, mas também à mim, um misero mortal que nada é sem ela.

Um comentário:

  1. Que maravilha... quero eu voltar a sair das minhas sombras um dia...
    Sentir novamente essa plenitude que você descreve!

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