sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Light and Darkness – Luz e Escuridão

Luz e trevas. Claridade e sombras. Alturas e profundezas. A cara e a coroa. Todas partes de uma mesma coisa, todas opostas entre sí. Nenhuma mais forte, nenhuma mais fraca, nenhuma mais ou menos importante.
Assim como o reflexo do nosso reflexo em um espelho, na vida também não se sabe qual face está para cima, qual face está para baixo. Pois na verdade as extremidades se invertem, andam lado a lado, são como duas faces de uma mesma moeda.
Em um mesmo sentido tudo isso se equivale, e se olhar-mos fixamente veremos um lugar onde as diferenças são iguais, onde preto e branco são só “um” dividido em “dois polos de uma mesma potência”.
Bem e mal. A pomba da paz, do Santo Espírito, contrasta com sua face oculta, com o mal que os homens acreditam “imitá-la”. A creça diz que demônios também se passam por divinos anjos de luz, pois essa é sua antiga face, as duas faces de um mesmo ser, duas coisas em um mesmo lugar.

A riqueza da Natureza

A natureza é por si só colorida, uma explosão de vida, uma verdadeira e a mais perfeita obra de arte da criação. Fico admirado pela quantidade e pela qualidade da vida. Seres tão pequenos, em um mundo tão apertado pairando em um universo tão descomunal. À isso eu dou o nome de equilíbrio divino!

Acima algumas fotos tiradas por mim, Gilberto Sendtko, sob a inspiradora supervisão de Cinara Burckardt. Mais fotos podem ser conferidas em www.flicker.com/sendtko

A verdade!

Afinal, tal qual a lua, nosso mundo é apenas uma bolinha girando no espaço sem fim, ao redor de uma pequena estrela, e nós apenas meros fragmentos animados de matéria dentro dele.

 

Olho para a imensidão do vazio, para as infinitas estrelas, e penso: quanta vida, quanta beleza, quanta diversidade e quanta potencialidade existe nesse vasto universo.

E o homem? Com freqüência nos consideramos superiores à natureza, mas nunca conseguimos nem ao menos cruzar nossa pequena galáxia. Quando assim penso, sinto-me pequeno, sinto fraco, sinto-me apenas uma pequena partícula em meio ao universo!

A pergunta que fica é: estamos sozinhos ou existem outras bolinhas azuis girando em algum lugar do universo e sendo colonizada por outros “pequenos fragmentos de matéria animada”?

ALGO NO QUAL DEVERÍAMOS REFLETIR.

Qual o nosso papel nessa sociedade? Sendo parte dela, não devíamos nós todos apoiar o seu melhoramento, tal como se fossemos um único grande corpo?

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Como conseguimos fechar os nossos olhos à noite sem lembrar de cenas como esta e muitas outras piores? Eis questões que ficam no ar e que não deixam a consciência calar.

Fantasmas

 

Quantas vezes, ao passar pelos bancos vazios e solitários de velhas praças, tivemos a impressão de que ali jaziam sentados aqueles que não podíamos ver com os olhos da carne? Quantas vezes estes bancos, cujo orvalho matinal costuma cobrir e cujos animais acompanham em respeito e obediência, parecem mais cheios de vida do que tudo ao nosso redor?

Quantas vezes queríamos nós sermos espíritos ali sentados, contemplando em paz e na solidão o mundo ao nosso redor?

Não sei o que você pensa, mas eu, ao olhar para estes bancos, sei no âmago do meu ser que eles não estão vazios.

Composição

A vida é uma série de fenômenos, composta por elementos, instituída por leis, movimentada por hierarquias e finalmente definida por composições.

Tudo o que fazemos, o que pensamos, o que desejamos, odiamos ou amamamos, e principalmente o que pedimos, tudo se espalha pelo universo, e nessa imensidão acaba por encontrar-se com coisas semelhantes, são atraidas por coisas afins, e em algum lugar algo ouve esse chamado, esse sinal, movendo-se e então finalmente responde.

E a resposta não tarda, ela é imediata!

Solidão

As vezes, quando sozinho em meio às águas, sentindo o gelar da pedra e o irromper das cascatas sobre o fundo branco e cristalino, sinto-me finalmente sozinho.
 
Sinto-me, pois sei que não estou.
Sinto-me, pois as águas levam lentamente um pouco de mim consigo, até quase me esvaziar por completo.
Sinto-me, pois o pouco de mim que permanece é adormecido pelo gelar das rochas, confundido pelas constantes ocilações dos choques entre água e pedra,  e barrado pelo estridente som de sua aparente batalha.
Sinto-me, pois quando todo o “eu” parece não mais existir, somente então nada o pode acompanhar.